Bardana

Bardana
Aparentemente, sua raiz se parece com uma mandioquinha. Diz a lenda que suas folhas curaram o reio Henrique III, da França, de uma doença de pele. Popularizada entre os japoneses, a bardana ou gobô é uma planta com diversas propriedades nutricionais e medicinais


Nome

O nome científico Arctium lappa deriva do grego, sendo arctos (urso) e lappa, "eu tomo". Popularmente a bardana tem diversos nomes: pegamassa, pegamasso, pegamoço, erva dos tinhosos, orelha gigante, carrapicho grande e carrapicho de carneiro. No português lusitano, bardana maior ou herba dos namorados. Em japonês, gobô. Em inglês, great burdock. Em espanhol, lampazo mayor. Alemão, grossa klette. Francês, grand bardane e, em italiano, bardana.

Origem

Apesar de ser originária da Europa e de ser muito consumida em Portugal, França e Itália, acredita-se que o Japão foi primeiro país a cultivar a bardana, pois é na culinária japonesa que sua raiz é mais difundida. De fácil adaptação ao clima onde é plantada, sua semente pode ser semeada praticamente em qualquer lugar do mundo, desde que encontre as condições ideais: lugar úmido, com solo arenoso, profundo e sombreado. No Brasil é mais facilmente encontrada nos meses mais quentes e úmidos.

Pertencente à família Asteraceae, esta herbácea pode chegar a um metro de altura. Seu caule é firme e suas folhas são grandes e isoladas. Os frutos são secos e providos de espinhos que facilitam sua dispersão. As flores são brilhantes e o tom da cor é uma mistura entre o marrom e o rosa.

Propriedades nutricionais

A raiz da bardana é fonte de proteínas, glicídios, fibras, cálcio, fósforo, ferro, riboflavina, niacina, vitaminas A e B1, além de ser rica em sais minerais. 100 gramas do vegetal fornecem 82 calorias. Segundo alguns produtores japoneses, a maioria das propriedades nutricionais estão concentradas na casca e por isso é importante não retirá-la. O restaurante Vegethus, em São Paulo, utiliza a raiz nas receitas de feijoada, salpicão e feijão azuki. Além de prepararem um delicioso azeite à base da raiz. Entre a comunidade japonesa, a bardana ou o gobô, como é mais conhecida, é normalmente refogada com shoyu e sal ou usada nas receitas de tempurá.

Propriedades medicinais

As folhas da bardana são benéficas para a pele porque possuem propriedades anti-inflamatórias, anti-sépticas e fungicidas. Suas compressas são indicadas para tratamento de erupções cutâneas, doenças que ressecam e descamam a pele e para aliviar picadas de insetos. O chá combate desde prisão de ventre e gastrite, até bronquite, catarro preso e hemorróidas.

As raízes e sementes, muito usadas pelos orientais, servem para tratar cálculos renais, reumatismos e problemas da vesícula. Além de muito nutritiva, a raiz é considerada um estimulante do sistema nervoso, benéfica para as doenças dos ossos, diurética, depurativa, antitérmica e antibacteriana. O óleo (Oleum bardanae) retirado das sementes pode ser usado para combater a queda de cabelo.

No entanto, a bardana é contra-indicada durante a gravidez por sua ação estimulante uterina. E suas sementes podem provocar irritação no trato urinário.

Onde encontrar: A raiz pode ser encontrada em lojas de produtos japoneses, cooperativas agrícolas e feiras livres.

Fonte: Revista dos Vegetarianos


Receitas relacionadas:

» Patê de Bardana
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